Alimente o seu cérebro com nutrientes - use  alimentos em benefício de seu cérebro e garanta suas saúde, memória e  vitalidade. 
Em vez de pratos e talheres, tubos de ensaio e  microscópios. 
O    apetite fica aguçado, mas por experiências e novas  observações. E a    cozinha cede espaço ao laboratório, onde cabeças  investigam  substâncias   encontradas nos alimentos capazes de beneficiar  nossa  massa  cinzenta. 
Como  entrada, nesse menu  de  novidades, é bom  lembrar que, nos anos 1990, os  cientistas  descobriram  que,  diferentemente do que se imaginava, os  neurônios se  reproduzem  ao longo  da vida toda. 
O   nascimento de  células nervosas novinhas em folha é  chamado de   neurogênese. E deguste  esta informação, caro leitor as  refeições podem   estimular esse  fenômeno, assegurando funções nobres,  como a nossa   capacidade de  memorizar e raciocinar. 
No   Brasil, talvez   ninguém entenda mais desse elo entre nutrição e cérebro   do que o   professor Cícero Galli Coimbra, neurologista da  Universidade  Federal de   São Paulo (Unifesp).  
Uma  dieta  rica em  colina, nutriente que aparece  sobretudo na gema do  ovo,  contribui para  a neurogênese, exemplifica o  especialista. 
Nosso organismo, diga-se, depende totalmente dos alimentos  para obter a substância, já que não consegue sintetizá-la. 
E, sem ela,  as lembranças não se fixam direito. 
Se    não ingerimos boas fontes de  colina, não há produção de um    neurotransmissor chamado acetilcolina,  envolvido na formação da    memória, completa a nutricionista Luciana Ayer,  co-autora do livro    Nutrição Cerebral (Editora Objetiva). 
Outra  substância pede a atenção dos que querem conservar a mente: a glutamina. 
Ela é fundamental para compor o DNA, isto é, o material genético de  novas células na massa cinzenta. 
O organismo até consegue fabricar esse  aminoácido. 
Mas não basta. 
Para mantê-lo em níveis ideais, precisamos de  alimentos protéicos. 
Aí a melhor fornecedora é a clara de novo, o ovo! 
E,    assim como quem deixa para saborear a melhor parte da refeição por     último, falta apontar o mais aplaudido dos ingredientes para preservar a     atividade cerebral: o ômega-3. 
Esse ácido graxo não só favorece o  nascimento de neurônios como protege os já existentes. 
Ele    se incorpora  às membranas das células nervosas que formam os   circuitos  responsáveis  por funções como a memória, explica o   neurologista Greg  Cole, diretor do  Centro de Estudos sobre Mal de   Alzheimer da  Universidade da Califórnia,  nos Estados Unidos.
Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0295/nutricao