segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Trabalhar em horários 'antissociais' envelhece o cérebro, diz pesquisa

  • 4 novembro 2014
Trabalho em jornadas instáveis pode envelhecer cérebro em mais de 6 anos
Trabalhar em horários "antissociais" pode envelhecer o cérebro prematuramente e diminuir a capacidade intelectual, de acordo com cientistas das universidades de Toulouse (França) e Swansea (País de Gales).
O estudo, publicado na revista Occupational and Environmental Medicine, afirma que dez anos de jornadas de trabalho instáveis envelhecem o cérebro em mais de seis anos.
Na pesquisa, depois que as pessoas pararam de trabalhar em horários alternados, houve recuperação, mas o cérebro demorou cinco anos para voltar ao normal.
Os efeitos nocivos de trabalhar contra o relógio biológico, de câncer de mama à obesidade, já eram conhecidos. O relógio interno do corpo é projetado para que as pessoas estejam ativas durante o dia e durmam à noite.
O novo estudo explora o impacto também sobre a mente. O cérebro naturalmente perde sua capacidade à medida que envelhecemos, mas os pesquisadores disseram que trabalhar em turnos antissociais acelera o processo.
Três mil pessoas na França foram submetidas a testes de memória, velocidade de pensamento e capacidade cognitiva.
Quem havia trabalhado mais de dez anos em turnos instáveis obteve resultados comparáveis a uma pessoa seis anos e meio mais velha.

'Perda significativa'

"Houve uma perda significativa na função cerebral. É provável que as pessoas cometam mais erros e deslizes ao tentar executar tarefas cognitivas complexas. Talvez uma em cem cometa erros com consequências importantes, mas é difícil medir a diferença que isso faz no dia a dia", disse Philip Tucker, que integrou a equipe de pesquisadores em Swansea.
Com base nos resultados, ele disse que evitaria trabalhos noturnos "se possível", mas observou que estes turnos são um "mal necessário" do qual a sociedade não pode prescindir.
"Há maneiras de mitigar os efeitos na forma como você planeja os horários de trabalho. Além disso, check-ups médicos devem incluir testes de desempenho cognitivo para buscar sinais de perigo", indicou.
Michael Hastings, do laboratório de biologia molecular da organização britânica Medical Research Council, disse à BBC que "a possibilidade de reverter o quadro é uma descoberta muito animadora".
"Não importa o quão comprometida uma pessoa esteja, sempre há esperança de recuperação", ele disse. "Ninguém havia demonstrado isso."
Porém, Derk-Jan Dijk, do Centro de Sono de Surrey, observou que, em outras pesquisas, aposentados que costumavam trabalhar de madrugada ainda tinham um sono pior do que pessoas que nunca tinham trabalhado em horários insalubres.
"Ou seja, alguns desses efeitos podem não ser tão facilmente ou rapidamente revertidos."

Demência

Para Hastings, os resultados da pesquisa podem ter implicações para o tratamento de demência, conhecida por prejudicar os padrões de sono de forma semelhante ao trabalho por turnos.
"É improvável que possamos reverter a neurodegeneração apenas mantendo o ciclo vigília-sono o mais sólido possível. Mas você pode melhorar uma das suas consequências", explicou.
"Em casas de repouso, uma coisa que você pode fazer para ajudar (os pacientes) é estabelecer uma rotina diária. Eles precisam de claridade durante o dia, descanso à noite e medicação apropriada, como a melatonina antes de dormir."

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Jovem com 'síndrome da Bela Adormecida' dorme 22 h por dia

G1
Foto: (Foto: Reprodução/BBC)
Beth Goodier, britânica que sofre da síndrome de Kleine-Levin (SKL), também conhecida como a síndrome da Bela Adormecida
Beth Goodier, britânica que sofre da síndrome de Kleine-Levin
(SKL), também conhecida como a síndrome da Bela Adormecida

Enquanto muitos de nós sonham com algumas horas extras de sono, para uma adolescente britânica essa ideia é motivo para pesadelos.
Durante os surtos da síndrome extremamente rara de que ela sofre - que podem durar semanas - Beth Goodier se mantém acordada por apenas algumas horas por dia.

A jovem de 20 anos, de Stockport, perto de Manchester, sofre da Síndrome de Kleine-Levin (SKL), também conhecida como a "síndrome da Bela Adormecida".

A condição afeta apenas 40 pessoas no Reino Unido, a maioria deles, meninos adolescentes. No mundo, os casos conhecidos somam em torno de mil.

Apesar do nome evocativo do conto de fadas, Beth disse ao programa de TV Inside Out, transmitido pela BBC na noite da segunda-feira, que viver com a síndrome é um fardo.

"Não é nada bonito, não é nada romântico, é horrível", afirmou.

Comportamento infantil
Os especialistas ainda não sabem apontar exatamente as causas da síndrome de Kleine-Levin, cujos sintomas tendem a aparecer na adolescência. No caso de Beth, aos 16 anos de idade.

Além dos episódios de sono prolongado, a condição tipicamente causa mudanças de comportamento e leva os pacientes a um estado quase onírico, agindo de maneira infantil e comendo compulsivamente.

A doença desaparece depois de dez a 15 anos. Mas durante esse período a vida tende a avançar lentamente para os que sofrem da síndrome, enquanto segue normalmente para todos os outros ao seu redor. O resultado pode ser uma forte sensação de isolamento.

Nos momentos em que está bem e ativa, Beth procura se ocupar blogando sobre a SKL e expressando-se em vídeos postados no YouTube. "Quero poder fazer algo produtivo nos momentos em que estou bem", disse a jovem. "Quero ser produtiva para a sociedade".

Beth depende quase inteiramente da mãe, Janine, que abandonou o trabalho para cuidar da filha. Ela explica que os períodos de sono prolongado são apenas uma parte do problema. Quando está desperta neste período, a filha se comporta como uma criança e permanece confusa em relação ao que é sonho e o que é realidade.

"Quando ela está acordada, o que faz na verdade é ficar na cama ou no sofá", conta. "Ela assiste às mesmas coisas na TV repetidas vezes, porque gosta da previsibilidade."

Mãe e filha tentam aproveitar cada oportunidade entre os surtos da síndrome para fazer coisas juntas. "Quando ela está bem, nunca discutimos o que vamos fazer na semana que vem", diz Janine. "Fazemos agora porque pode ser o único momento que conseguimos."

Por causa da síndrome, Beth não foi à universidade nem tem condições de sair da casa da mãe.

"Estou em uma idade em que adoraria sair de casa, porque estou pronta", conta. "Mas não posso, porque preciso do acompanhamento da minha mãe para os períodos em que estou doente. É muito frustrante."

Condição 'devastadora'
O especialista em neurologia Guy Leschziner, que acompanha Beth no Guy's Hospital, em Londres, diz que a síndrome é uma condição "devastadora" para jovens que já estão vulneráveis na época da vida em que aparecem os primeiros sintomas.

"Eles estão em um ponto crucial da sua educação, da sua vida social, da sua vida familiar e da sua vida profissional", observa Leschziner. "É uma condição muito, muito devastadora nesse sentido, porque é imprevisível."

Segundo a organização KLS Support UK – que desde 2011 dá apoio aos portadores da síndrome, e leva em seu nome a sigla da síndrome em inglês – muitas vezes o diagnóstico da doença é retardado pela falta de conhecimento geral da população, e mesmo da classe médica, sobre o problema.

Beth espera que, falando sobre a sua própria condição, possa elevar a conscientização geral, ajudar os afetados e apoiar a pesquisa médica para entender melhor as causas e o tratamento da condição.



sábado, 6 de setembro de 2014

O efeito do café aumenta com uma… sesta

Um café e depois uma sesta de 15 minutos. Parece ser este o truque para que o café faça mesmo efeito.
  • Vários estudos sugerem que dormir a sesta depois do almoço aumenta a produtividade. LIU JIN


Muitas pessoas não precisam de um trabalho científico para ficar a saber que uma sesta rápida depois do almoço é uma boa solução para garantir uma tarde produtiva, mas novos estudos explicam porque tomar um café imediatamente antes da sesta é ainda mais eficaz para recuperar o ritmo. À primeira vista parece contraditório, já que a cafeína tem um efeito estimulante para a maioria das pessoas, mas a explicação científica para a “sesta do café” (coffee nap é o termo feliz utilizado pelos ingleses) é relativamente simples.
A estrutura química da cafeína é muito semelhante à da adenosina, um subproduto das proteínas que quando se acumula no cérebro provoca cansaço. A cafeína mimetiza (imita) a adenosina e bloqueia esses recetores impedindo que esta atue, mantendo-nos alerta. Mas a cafeína, porque entra na circulação sanguínea depois de absorvida pelo intestino delgado, demora algum tempo a chegar ao cérebro, o suficiente para que o sono nos liberte da adenosina. É nesta relação que está o “truque”: a química do sono reduz naturalmente as quantidades de adenosina no cérebro, por isso quando a cafeína chega aos recetores dos neurónios atua mais eficazmente. A Vox explica este processo em detalhe.
A sonolência depois das refeições (mais comum a seguir ao almoço), tecnicamente conhecida por astenia pós prandial, é um fenómeno biológico que tem várias explicações: o ritmo circadiano (sono/vigília), as hormonas libertadas no processo de digestão (p.ex. a insulina) e a concentração de energia no estômago para digerir os alimentos. Por isso são diferentes os efeitos entre uma refeição pesada e uma leve. Comer uma feijoada “dá mais sono” que uma salada. Simplificando, quanto mais “trabalho” o sistema digestivo tiver mais energia precisa e menos sobra para as funções cerebrais, daí a sonolência.
Dormir depois do almoço serve para facilitar a digestão e refrescar as capacidades intelectuais. As lojas fecham para que os espanhóis o façam (embora cada vez menos) e até algumas grandes empresas japonesas já perceberam os benefícios de uma sesta no aumento da produtividade — e começa a instalar-se o “negócio da sesta”: no Japão já há cafés que alugam camas ao minuto. Parece contraditório, mas experimente. Tome um café e logo de seguida durma uma sesta rápida (15/20 minutos), vai ver que acorda ainda mais revigorado.
Proponha uma correção, sugira uma pista: pesteves@observador.pt

segunda-feira, 14 de julho de 2014

 Os benefícios de dormir a sesta

Uma recente investigação desenvolvida nos Estados Unidos da América conclui que, nas crianças em idade pré-escolar, dormir a sesta durante a tarde pode melhorar a sua capacidade de aprendizagem e de memória.
Num estudo comparativo, as investigadoras compreenderam que as crianças que dormiram uma sesta apresentaram melhor desempenho e sucesso em actividades de sequência visual e espacial, do que aquelas que não dormiram a sesta.
baby-feetComo se realizou esta investigação?
As autoras do estudo ensinaram a 40 crianças em idade pré-escolar um jogo de memória, no qual cada criança observava uma grelha de imagens, tendo como objectivo lembrar-se em que posição estava cada imagem observada. Para compreenderem se existiriam diferenças significativas ou não, após o efeito da sesta, as investigadoras levaram a cabo dois testes: um primeiro, no qual todas as crianças realizaram este jogo após a sua sesta; um segundo teste, no qual todos os participantes realizaram a actividade mas sem terem dormido a sesta. Nos dias seguintes aos testes, a experiência foi repetida de modo a perceber o efeito da sesta no desempenho e sucesso da tarefa.
As conclusões foram claras: a maioria das crianças que esqueciam a posição das imagens no jogo não havia dormido durante a tarde; ao invés, as que dormiram a sua sesta alcançaram maior sucesso na actividade, lembrando-se mais das posições das imagens, quer nos dias seguintes como no momento logo após a sesta.
Assim, com os resultados deste estudo, parece não restar dúvida: dormir a sesta poderá ajudar os nossos mais pequeninos a desenvolver uma melhor capacidade de aprendizagem e a aumentar a sua capacidade de memória. Tal como indicaram as investigadoras, as crianças devem ter a oportunidade de dormir a sesta, bem como devem ser incentivadas a fazê-lo, num ambiente tranquilo e adequado que lhes encoraje a dormir descansadamente.
Andreia Cavaca



Fonte: Boas Notícias

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Cérebro envelhece mais
rápido em idosos que
dormem pouco, confirma
 pesquisa
Quanto menos os idosos dormem, mais rápido o cérebro envelhece. Aqueles que têm menos horas de sono apresentam rápido aumento do ventrículo cerebral, um marcador para o declínio cognitivo e para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. Os dados são de uma pesquisa da Escola de Medicina de Singapura Duke-NUS e foram publicados pelo jornal Daily Mail.

Os cientistas analisaram 66 adultos chineses mais velhos, que foram submetidos a exames cerebrais por meio de ressonância magnética e avaliações neuropsicológicas a cada dois anos. Todos responderam questões sobre duração do sono. Os voluntários que dormiam menos horas mostraram evidências de rápido aumento do ventrículo e declínio no desempenho cognitivo.

“Nossas descobertas relacionam sono curto como um marcador de envelhecimento do cérebro. Trabalhos feitos em outros lugares sugerem que sete horas por dia para adultos parece ser o ponto ideal para um ótimo desempenho em testes cognitivos baseados em computador”, disse o cientista June Lo.

Vale lembrar que uma pesquisa recente mostrou que dormir demais na meia-idade pode ser tão ruim quanto dormir pouco. Um estudo com quase 9 mil pessoas contatou que as pessoas com idade entre 50 e 64 anos que dormiam menos de seis horas por noite ou mais de oito se saíram pior em testes de memória e habilidade de tomada de decisão. Mas o poder do cérebro só foi reduzido para idosos de 65 a 89 que dormiram muito.
TERRA

sábado, 28 de junho de 2014

Sono aumenta número de células no cérebro, diz estudo

Segundo cientistas, dormir elevaria produção de substância que protege estrutura neural.

Da BBC
Dormir libera mielina, substância que protege o circuito do cérebro, dizem cientistas (Foto: BBC)Dormir libera mielina, substância que protege o circuito do cérebro, dizem cientistas (Foto: BBC)
Cientistas americanos acreditam ter descoberto mais um motivo para incentivar as pessoas a tentar ter uma boa noite de sono: dormir ajudaria a repor um tipo de célula do cérebro. Segundo eles, dormir eleva a produção de células que produzem uma substância estimuladora conhecida como mielina, responsável proteger o circuito neural.
A pesquisa, realizada até agora somente com ratos de laboratório, poderia ajudar a entender a ação do sono na reparação e no crescimento do cérebro, além do combate à esclerose múltipla, disse a equipe de cientistas do Estado americano de Wisconsin. As descobertas foram publicadas na revista científica "Journal of Neuroscience".
A equipe liderada pela cientista americana Chiara Cirelli, da Universidade de Wisconsin, descobriu que a taxa de crescimento das células produtoras de mielina dobrou enquanto os ratos dormiam.
O aumento se deu com maior intensidade durante o período associado ao sonho - chamado de REM ou "movimento rápido dos olhos" - e foi produzido por genes. Em contrapartida, genes envolvidos na morte das células e em respostas de estresse passaram a ser observados quando as cobaias foram forçadas a permanecer acordadas.
O motivo pelo qual os seres humanos precisam dormir intriga os cientistas há séculos. Já se sabe que uma boa noite de sono ajuda o corpo a repor as energias e garante seu bom funcionamento - mas o processo biológico que acontece durante esse período só começou a ser estudado recentemente.
Crescimento e reparação
"Por muito tempo, os cientistas concentraram seus esforços em comparar a atividade cerebral quando estamos dormindo e quando estamos acordados", explica Cirelli. "Agora, está claro que a maneira como operam outras células de apoio no sistema nervoso também muda significativamente se estivermos dormindo ou acordados."

Os cientistas dizem que suas descobertas indicam que a perda de sono pode agravar alguns sintomas da esclerose múltipla, doença que prejudica a produção de mielina. Nela, o sistema imunológico ataca e destrói o revestimento de mielina dos neurônios e da medula e do cordão espinhal.
Segundo Cirelli, estudos posteriors poderão observar se o sono afeta ou não os sintomas da esclerose múltipla. Ela acrescenta que sua equipe também vai examinar se a falta de sono, especialmente durante a adolescência, pode gerar efeitos nocivos de longo prazo para o cérebro.
De acordo com o Instituto Americano de Transtornos Neurológicos e de Acidente Vascular Cerebral, dormir ajuda o sistema nervoso a funcionar corretamente. Um sono profundo coincide com a liberação do hormônio do crescimento em crianças e em jovens adultos. Muitas das células do corpo também registram elevação da produção e redução da quebra de proteínas durante esse período.
Dado que as proteínas ajudam o crescimento das células e a reparação dos danos causados por estresse e raios ultravioletas, uma boa noite de sono realmente pode significar o "sono da beleza", acrescenta a instituição.
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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Déficit de sono tem efeito 'dramático' sobre o corpo humano, conclui estudo

Atualizado em  9 de junho, 2014 - 16:33 (Brasília) 19:33 GMT
Foto: BBC
Quantidades insuficientes de sono durante um período prolongado pode ter efeito profundo sobre o funcionamento do corpo humano, segundo pesquisadores britânicos.
Um experimento concluiu que a atividade de centenas de genes no organismo de voluntários foi alterada quando eles dormiram menos de seis horas por noite durante uma semana.
Em artigo na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os pesquisadores disseram que os resultados do estudo ajudam a explicar como o sono insuficiente prejudica a saúde.
Doenças cardíacas, diabetes, obesidade e mau funcionamento do cérebro foram vinculados ao pouco dormir.
O processo pelo qual o déficit de sono altera a saúde, no entanto, ainda não é conhecido.
A equipe da Universidade de Surrey, na Inglaterra, coletou amostras de sangue de 26 pessoas após elas terem dormido bastante - até dez horas por noite - durante uma semana.
Na segunda fase do experimento, o mesmo grupo foi submetido a uma semana de sono insuficiente - menos de seis horas por noite. Amostras de sangue foram colhidas novamente.
Ao comparar as amostras, os cientistas observaram que a atividade de mais de 700 genes no organismo dos participantes foi alterada após a mudança no padrão do seu sono.

Configuração química

Cada gene contém instruções para a fabricação de uma proteína. Portanto, os que ficaram mais ativos produziram mais proteínas. Isso alterou completamente a configuração química no corpo dos voluntários.
O relógio natural dos seus organismos também foi perturbado pela falta de sono. A atividade de alguns genes aumenta e diminui no decorrer do dia, mas esse efeito foi enfraquecido pelo déficit de sono.
Falando à BBC, Colin Smith, da Universidade de Surrey, disse que "houve uma mudança dramática na atividade de muitos tipos diferentes de genes".
"Áreas como o sistema imunológico e a forma como o organismo reage a danos e estresse foram afetadas", agregou. "Claramente, dormir é essencial para a reconstrução do corpo e a manutenção de um estado funcional. (Caso contrário) vários tipos de danos parecem acontecer, o que pode resultar em doenças. Se não podemos reabastecer ou substituir células, isso leva à (formação de) doenças degenerativas."
O especialista disse que muitas pessoas podem estar vivendo com déficits de sono ainda maiores do que os estudados. Isso significa que essas mudanças nos genes podem ser comuns.
Comentando os resultados do experimento, o pesquisador Akhilesh Reddy, que estuda o relógio biológico humano na Universidade de Cambridge, Inglaterra, disse que o estudo é "interessante".
Para ele, as revelações mais importantes são os efeitos do sono insuficiente sobre inflamações e o sistema imunológico. Ele explicou que é possível estabelecer-se um vínculo entre esses efeitos e problemas de saúde como a diabetes.

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sábado, 24 de maio de 2014

Tâmara por conter triptófano que estimula a formação de melatonina, que pode contribuir a conciliar o sono e evitar a insônia.

Tâmara




Benefícios nutricionais

As tâmaras, devido ao alto conteúdo de hidratos de carbono simples e complexos (72%) constituem um alimento muito energético (274 Kcal por 100 gramas de tâmara seca). São ideais para aqueles que precisam de muita energia, como crianças e esportistas.
Falando em esportes, as tâmaras são ricas em potássio (790 mg por 100 g de tâmara seca), cobre (0,24 mg), magnésio (65 mg) y cálcio (59 mg).
Além disso, pelo seu conteúdo em açucares complexos, são metabolizadas pelo organismo de forma demorada. Isto é uma qualidade interessante quando temos que manter um ritmo intenso de esforço físico ou mental por um período longo de tempo (esportes de resistência ou probas de longa duração).
As tâmaras são também ricas em ácido pantoténico o vitamina B5, conhecida pelos seus efeitos tranqüilizantes. Assim, têm quem chame as tâmaras de “doses naturais de anti-estressante” pela capacidade que tem de relaxar e proporcionar uma sensação de bem-estar.
Também pode ser interessante comer algumas tâmaras antes de dormir por conter triptófano que estimula a formação de melatonina, que pode contribuir a conciliar o sono e evitar a insônia.
Tâmara
Benefícios para a saúde
Muitas das virtudes curativas das tâmaras já eram conhecidas e aproveitadas na antiguidade. Hoje em dia essas propriedades tem sido confirmadas e tem se descoberto que grande parte delas se deve à riqueza destes frutos em celulose e frutose.
Ricas em ferro, são aconselhadas para quem padece alterações hepáticas e anemias. Devido ao alto conteúdo de celulose e outras fibras se recomendam nos casos de intestino preso por atuarem como suave laxante.
As tâmaras estimulam o apetite, resultando assim muito benéficas nas aflições intestinais e estomacais associadas à inapetência.
Ricas em vitaminas A, B, C e minerais como cálcio, ferro e potássio. Livres de colesterol são um aliado magnífico na luta contra o câncer.
As tâmaras são eficientes defensoras do organismo frente a gripes, viroses e outras infecções, tanto do aparelho respiratório como urinário.
Outros nomes
As tâmaras são chamadas dátiles em espanhol e dates em inglês. Já as tamareiras são Palmeras datileras em espanhol e Palm date em inglês.
Variedades
O teor de umidade e os teores de açucares solúveis dos frutos, quando atingem o estádio final de amadurecimento (Tamar), permitem classificar as tâmaras em três categorias: tâmaras moles, tâmaras semi–secas e tâmaras secas.
O teor de água dos frutos da tamareira pode variar de acordo com o grau de maturação, porém depende também da característica varietal: as tâmaras moles, em estádio tamar, apresentam teor de umidade geralmente superior a 30%; as tâmaras semi-secas entre 20 e 30% e as tâmaras secas menos de 20%.
Independente da variedade, quando a tâmara atinge o final do amadurecimento, mais de ¾ de sua composição é constituída pelos açucares solúveis. Já foi constatado que as tâmaras moles, contém muito pouco ou nenhum açúcar não redutor (sacarose); as tâmaras semi-secas, possuem em torno de 1/4 de açucares não redutores e ¾ de açucares redutores (frutose e glicose); e as tâmaras secas, apresentam aproximadamente 1/3 de açucares não redutores e 2/3 de açúcares redutores.
Fonte: www.cpatsa.embrapa.br
Tâmara
A tâmara é uma fruta rica em vitaminas do complexo B, ferro, cálcio, fibras e potássio.
De sabor doce e suave, pode ser consumida crua ou seca. Quando seca possui mais açúcar, pois o mesmo fica mais concentrado.
Deve ser consumido com grande restrição, já que é muito calórico. Quando seca, tem a vantagem de concentrar nutrientes e durar muito tempo.
Tâmara
Disponível para consumo o ano todo na forma desidratada.
Composição por 100g
Calorias
275kcal
Glicídios
74g
Proteínas
2g
Lipídios
0,45g
Cálcio
32mg
Fósforo
40mg
Ferro
1,15mg
Sódio
3mg
Potássio
652mg
Fibras
7,5g
Fonte: www.diabetes.org.br